Um padre muito experiente foi nomeado Pároco de uma Igreja no interior. Lá chegando, percebeu que sua missão de evangelizar seria difícil, pois aquele povo não queria nada com a Igreja.O padre convidava para a missa e quase ninguém aparecia, convidava para um encontro e não vinha ninguém, nem com o terço o povo se importava.Então o padre ia ficando cada vez mais desanimado, e o desinteresse da comunidade já começava a refletir também no sustento da igreja, ninguém doava o Dízimo e quando o padre tentava falar sobre as necessidades da comunidade e orientar sobre a importância de todos doarem o Dízimo, o que ele ouvia era sempre a mesma coisa: “Que é isso seu vigário? Esse negócio de Dízimo já era. A Igreja aqui, já morreu há muito tempo”.Foi ai que o padre teve uma idéia, já que a Igreja morreu, vamos enterrá-la.Então anunciou pêlos quatro cantos da cidade, o dia e a hora do enterro da Igreja.No dia marcado a Igreja lotou, todos estavam curiosos para presenciar o que seria o enterro da Igreja.O padre preparou tudo direitinho; bem no centro do templo, um enorme caixão de defunto. O povo cantou e rezou como nunca e no final da missa, antes de levar o caixão para o cemitério, o padre convidou um a um os que estavam presentes para dar adeus à defunta Igreja e acrescentou: “Aquele que considera a defunta morta e digna de ser enterrada, quando passar pelo caixão dê-lhe um beijo e fique de pé... mas quem a beijar e mudar de idéia, fique sentado”.Então um a um todos os que passavam pelo caixão, e olhavam lá dentro saiam assustados e corriam para sentar. O fato é que não houve ninguém que ficou de pé.Houve um profundo silêncio.É que o padre colocara um enorme espelho dentro do caixão, e cada um que se inclinava para olhar o seu interior via sua imagem refletida e percebia que o defunto era quem estivesse olhando.Foi assim que aquela cidade compreendeu que a igreja é o povo, não participar da comunidade, não doar o Dízimo é estar contribuindo para o enterro da Igreja, aliás, o próprio enterro.
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