quinta-feira, 30 de abril de 2009

A MORTE DA IGREJA

""QUANDO LI PELA 1ª VEZ FOI MUITO LEGAL, LEMBREI E RESOLVI COMPARTILHAR...""


Um padre muito experiente foi nomeado Pároco de uma Igreja no interior. Lá chegando, percebeu que sua missão de evangelizar seria difícil, pois aquele povo não queria nada com a Igreja.O padre convidava para a missa e quase ninguém aparecia, convidava para um encontro e não vinha ninguém, nem com o terço o povo se importava.Então o padre ia ficando cada vez mais desanimado, e o desinteresse da comunidade já começava a refletir também no sustento da igreja, ninguém doava o Dízimo e quando o padre tentava falar sobre as necessidades da comunidade e orientar sobre a importância de todos doarem o Dízimo, o que ele ouvia era sempre a mesma coisa: “Que é isso seu vigário? Esse negócio de Dízimo já era. A Igreja aqui, já morreu há muito tempo”.Foi ai que o padre teve uma idéia, já que a Igreja morreu, vamos enterrá-la.Então anunciou pêlos quatro cantos da cidade, o dia e a hora do enterro da Igreja.No dia marcado a Igreja lotou, todos estavam curiosos para presenciar o que seria o enterro da Igreja.O padre preparou tudo direitinho; bem no centro do templo, um enorme caixão de defunto. O povo cantou e rezou como nunca e no final da missa, antes de levar o caixão para o cemitério, o padre convidou um a um os que estavam presentes para dar adeus à defunta Igreja e acrescentou: “Aquele que considera a defunta morta e digna de ser enterrada, quando passar pelo caixão dê-lhe um beijo e fique de pé... mas quem a beijar e mudar de idéia, fique sentado”.Então um a um todos os que passavam pelo caixão, e olhavam lá dentro saiam assustados e corriam para sentar. O fato é que não houve ninguém que ficou de pé.Houve um profundo silêncio.É que o padre colocara um enorme espelho dentro do caixão, e cada um que se inclinava para olhar o seu interior via sua imagem refletida e percebia que o defunto era quem estivesse olhando.Foi assim que aquela cidade compreendeu que a igreja é o povo, não participar da comunidade, não doar o Dízimo é estar contribuindo para o enterro da Igreja, aliás, o próprio enterro.

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